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O Projeto Porto Potengi para a ampliação do Porto de Natal abre para o Rio Grande do Norte um vasto potencial de crescimento econômico e geração de empregos, colocando nosso estado na rota do grande comércio internacional.
O Projeto Porto Potengi, iniciado em 2009, já apresentou argumentos que comprovam a sua viabilidade. Está provado, por exemplo, que os navios de carga passam sob a ponte Newton Navarro. Ainda que alguns navios de passageiros superem a altura da estrutura, essa não é uma dificuldade para um porto eminentemente comercial.
Esse é um projeto que já nasce em harmonia com a preservação do meio ambiente, como um “porto verde”, seguindo à risca o conceito internacional de operação de portos já usado no Mediterrâneo, em regiões internas e rios nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo.
Também é um projeto calcado em um conceito logístico inteiramente novo, integrando e beneficiando as diversas regiões do nosso estado, não apenas o entorno da área portuária. Essa logística integrauma ferrovia troncal, rodovias, porto, aeroporto e Zona de Processamento de Exportações, para propiciar um canal de escoamento de produtos desde o interior mais recôndito ao nosso litoral.
O novo porto vai assegurar o escoamento de granéis e de mercadorias provenientes da fruticultura de Mossoró e do Vale do Açu, das mineradoras do Seridó, dos derivados calcários da Costa Branca, da agroeconomia familiar do Mato Grande — que hoje não desenvolvem todo seu potencial por dificuldade de escoamento.
Com a expansão do Porto para a margem Norte do Rio Potengi, será possível interligá-lo ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante por meio de um ramal ferroviário. Os horizontes que essa interligação abre para a economia do Rio Grande do Norte são imensos, ainda mais quando lembramos que, nesse corredor, será possível viabilizar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Macaíba, que já está autorizada pelo governo federal.
O triângulo porto-aeroporto-ZPE abre um potencial inesgotável de oportunidades para a desagregação de cargas, propiciando a criação de centros de distribuição, por exemplo, dos Correios e de empresas como Amazon, Mercado Livre, Shopee, Alibaba e outras.
Pelo porto, nossa ZPE de Macaíba receberá todo tipo de material e componentes pesados. Pelo aeroporto, chegariam os elementos de tecnologia fina. Essas cargas seriam transportadas pelo ramal ferroviário até a ZPE, para a montagem dos equipamentos, retornando ao porto para exportação. São mais milhares de empregos no horizonte.
Para completar a uma “coluna vertebral do elefante”, o ramal ferroviário pode ser “esticado” para o interior do estado, aproveitando a já existente servidão de passagem da ferrovia que liga Natal a Macau. Pelo menos metade desse caminho já está traçado e garantido, alcançando os municípios de Pedro Avelino e Afonso Bezerra.
Com essa expansão ferroviária até Açu ou Jurucutu, viabilizaremos o escoamento da produção de minério de ferro de nosso estado, criando mais alguns milhares de empregos diretos e indiretos.
A integração do estado por meio desse conjunto logístico, com as possibilidades concretas de atração de investimento e de novos horizontes econômicos geradas a partir do Porto Potengi vai projetar a economia e a qualidade de vida no Rio Grande do Norte para outro patamar.
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