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Durante reunião com o cônsul-geral do Japão em Manaus, Masahiro Ogino, o governador Gladson Cameli apresentou o Acre como um estado estratégico na Amazônia e defendeu o aumento das relações bilaterais do Brasil com o país localizado no sudeste da Ásia.
“O Acre é o estado brasileiro mais próximo do Japão. As viagens de navio poderiam ser encurtadas em até 15 dias, se as exportações entrassem pelo nosso estado via portos peruanos. Isso representa uma economia significativa, sem contar as oportunidades que a região oferece. Em nosso entorno temos um mercado consumidor de 30 milhões de pessoas”, comentou.
Cameli falou ainda sobre as oportunidades locais e colocou-se à disposição para articular a vinda de investidores japoneses ao Acre. “O Japão é uma potência mundial e possui fábricas no Brasil. Aqui no estado temos a ZPE [Zona de Processamento de Exportação], que possui vários incentivos fiscais e está pronta para receber indústrias. Nossa gestão trata com prioridade o desenvolvimento do estado, além da geração de emprego e renda”, pontuou.
Ogino lembrou que as relações entre japoneses e acreanos são sólidas. Os primeiros imigrantes chegaram à região em 1951 e se dedicaram ao cultivo de amendoim, com plantações na zona rural de Senador Guiomard. Estima-se que cinco mil descendentes vivam no estado, atualmente. Masahiro também defendeu o fortalecimento da rota comercial do Japão com Brasil, tendo o Acre como nova porta de entrada e saída de produtos.
“Pelo Acre, fica muito mais fácil acessar a costa do oceano Pacífico para se chegar ao Japão. Essa é uma possibilidade muito interessante e que pode ser melhor aproveitada entre os dois países”, observou.
Como parte de sua visita ao Acre, o cônsul fará a entrega de 791 exemplares de mangás, que são livros de histórias em quadrinhos japoneses, à Biblioteca Pública Estadual. A cerimônia será realizada nesta quarta-feira, 6.
O encontro do chefe de Estado com o representante do governo japonês ocorreu nesta terça-feira, 5, no Palácio Rio Branco, e contou com a participação do diretor da Secretaria da Casa Civil, Jhonatan Donadoni, e do chefe do Gabinete do Governador, José Rosemar Messias.
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