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Diante da perspectiva de descentralizar a base industrial brasileira e atrair investimento internacional, está em desenvolvimento um projeto para a criação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na Zona da Mata. O parque industrial deve ser instalado no município de Rio Novo, a cerca de 50 quilômetros de Juiz de Fora, nas proximidades do Aeroporto Itamar Franco, buscando beneficiar economicamente a região, sobretudo as cidades circunvizinhas de pequeno porte. Por ser uma concessão do Governo federal, o grupo responsável pela implantação da ZPE Zona da Mata prepara a documentação para formalizar o pedido e encaminhá-lo ao Conselho das Zonas de Processamento de Exportação, órgão do Ministério da Economia.
Nesta quinta-feira (9), acontece, em Rio Novo, uma reunião com representantes da região e a presença do presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (Abrazpe), Helson Braga, que vai apresentar o projeto das ZPE’s no país e na Zona da Mata.
Conhecidas como áreas de livre comércio com o exterior, as ZPEs são destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem exportados. As empresas que se instalam nestes distritos industriais têm acesso a isenções tributárias e cambiais, além de condições administrativas específicas. De acordo com Helson Braga, além dos benefícios relacionados a impostos e flexibilidade cambial, a ZPE também pode ser um forte mecanismo para atrair empresas estrangeiras, principalmente neste momento de abertura econômica mundial.
“Uma companhia pode, por exemplo, desmontar uma empresa do exterior, que já esteja operando, depreciada e com custo relativamente baixo, e remontá-la dentro de uma ZPE brasileira, sem pagar imposto nenhum. Então nós vamos ter um instrumento extremamente importante, porque a maioria dos países agora quer transferir parte da suas unidades para outros países, com mais laços na economia ocidental. O Brasil tem um papel extremamente importante para se candidatar e se credenciar para recepcionar essas empresas”, afirma Braga.
O presidente da Abrazpe ainda ressalta que, com esse projeto, o desenvolvimento do país será distribuído de forma mais equitativa entre as várias regiões brasileiras. “Não vamos ter mais isso de que indústria só pode se estabelecer em São Paulo. Hoje, por causa desse projeto, nós vamos descentralizar e dar condições para que outras regiões também participem desse processo de desenvolvimento industrial, que está na base do avanço econômico experimentado pelo mundo.”
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