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Com o que foi denominado de “movimentação” mais forte de empresa termoelétrica a gás natural com intenção de se instalar no setor 2 da Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE-CE), a área já está com 14 projetos de investimentos em andamento. Mais de 50% dos 1,9 mil hectares vai para a aposta em hidrogênio verde, uma das bandeiras do Governo do Estado. Dentre os setores contemplados, também entram veículos elétricos, rochas ornamentais, indústria de cimentos e baterias.
“A termoelétrica a gás natural, que é a área de petróleo e gás, está há muito tempo com área reservada. Ontem tivemos movimentação mais forte da empresa dando passos para iniciar processos. Estamos ainda fechando”, detalha Eduardo Neves, presidente da ZPE-CE, com exclusividade ao O POVO, em apresentação na reunião das atividades de dezembro do Sindicato da Indústria Gráfica do Estado (Sindgrafica).
Sobre obras no setor 2, inaugurado no dia 15 de novembro pelo Governo do Estado, a perspectiva e o desejo de Neves é que a primeira seja iniciada em 2022. Ele estima que um empreendimento menor leve de 12 a 18 meses para ser construído. Um de maior porte pode durar até seis anos.
“Todas (as empresas com projetos) estão no mesmo processo de protocolos e estudo de projetos. Nenhuma delas entrou na ZPE. Hoje, com o que a gente tem de protocolos, tenho mais de 50% da área ocupada com hidrogênio verde. Vão todas acontecer num período de ate 6 anos? Eu não sei”.
Em relação a começar a estruturar já um setor 3 da Zona de Exportação, Neves diz que se o local recém-inaugurado chegar a 70% ou 80% de ocupação, pode-se pensar em planejar a nova área. Para a chegada de empresas de serviços no local, com a abertura para a área que o Marco das ZPEs do Governo Federal proporciona, a ideia é que, com a regulamentação, prevista para sair em fevereiro de 2022, o Estado crie um plano de ação de visita a diversos segmentos para entender necessidades e captar investidores.
“O serviço tem de ter caráter exportador, mas como vai ser, qual tipo de benefício, temos de esperar como vai ser a regulamentação. Minha maior vontade é de marcar com a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará). Ainda não marquei porque estamos esperando a regulamentação.”
Com 1.911 hectares, o setor 2 da ZPE, do Complexo do Pecém, lotado em Caucaia, teve investimento do Governo do Ceará de R$ 13 milhões na preparação do espaço com vias de acesso e secundárias pavimentadas, infraestrutura de transmissão de energia elétrica, iluminação, fibra ótica e circuito fechado de televisão. Os locais são locáveis em contratos firmados com a ZPE e variam de preço conforme tamanhos e modelo da empresa.
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