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A Qair Brasil, do grupo francês Qair, iniciou os estudos de viabilidade para construção de uma planta de hidrogênio verde no Ceará. O investimento no projeto — que será construído em quatro etapas, de 2023 a 2030 — está estimado em US$ 3,9 bilhões.
Até o fim do mês, a empresa vai assinar um memorando de entendimento com o governo cearense, que, desde fevereiro, busca parcerias para a implementação de um hub de hidrogênio verde na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Porto do Pecém.
Além da Qair, até agora outras três empresas já demonstraram interesse em instalar unidades de produção no hub: White Martins, Fortescue e Enegix. As duas últimas calculam investimentos somados de mais de US$ 10 bi.
A usina da Qair poderá produzir 2.240 megawatts (MW) de hidrogênio verde, por meio da eletrólise.
Grande parte da energia necessária para a produção será fornecida por parques eólicos e solares da própria empresa instalados no Ceará, segundo o diretor de operações da companhia no Brasil, Gustavo Silva.
“A energia elétrica necessária para os projetos de hidrogênio verde serão provenientes, na sua maioria, dos projetos eólicos e solar fotovoltaicos do nosso portfólio. Entretanto, eventualmente, poderemos necessitar contratar energia no mercado”, disse à epbr.
Atualmente, o portfólio de projetos em energia renovável da companhia conta com 8.000 a 9.000 MW no estado, sendo 5.000 MW em eólicas e de 3.000 a 4.000 MW em solar. Desses, 210 MW já se encontram em operação e outros 600 MW estão em construção.
O maior projeto é de uma eólica offshore em Acaraú, com capacidade inicial de 1.200 MW, podendo chegar a 2.400 MW, em parceria com a Vestas. O grupo francês pretende construir uma linha de transmissão ligando o parque até a usina de hidrogênio no Porto do Pecém.
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