Governo do Acre terá apoio do Ibrachina para comercializar zona de processamento de exportação

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O Governo do Acre se reuniu com o Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina) para buscar apoio na atração de investidores estrangeiros. O objetivo é realizar a venda e captar investimentos na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do estado. A reunião aconteceu nesta quarta-feira, 27, na sua sede do Instituto em São Paulo. Representaram o Acre Anderson Abreu, secretário de Ciência e Tecnologia; João Setti, procurador-geral; Alysson Bestene, secretário da Saúde; e Erick Venâncio, presidente da OAB do Acre.

O projeto foi apresentado durante o encontro. Segundo a comitiva do governo, a busca da parceria com o Ibrachina deve-se às boas relações do Instituto com empresas e autoridades estrangeiras. “Nós valorizamos a contribuição dos chineses no Brasil. Por isso, estamos aqui para pedir esse apoio. Precisamos gerar emprego e renda no Acre”, destacou Abreu.

O secretário enfatizou as vantagens logísticas do empreendimento no estado. “Temos um diferencial grande que é uma localização próxima ao Peru e Bolívia. Temos proximidade com os portos peruanos, algo que facilita a logística. Além desses países, podemos levar nossos produtos para a China e trazer mais produtos chineses ao Brasil. O Acre deseja alavancar o comércio exterior. Por todas essas facilidades que o Acre oferece, podemos ampliar nossa participação nos mercados asiáticos e europeus”.

Thomas Law, presidente do Ibrachina, acredita que há uma grande oportunidade de promover o desenvolvimento do estado com parcerias sólidas para a ZPE. Entre as ações que o Instituto estuda realizar estão a organização de roadshows, apresentando as oportunidades para empresas estrangeiras, em diversas línguas. “Faremos tudo que pudermos para estimular o desenvolvimento sustentável do Brasil. Esta é uma oportunidade interessante para todos, porque abre uma nova rota para o transporte de commodities através do Pacífico”, afirmou.

O presidente do Instituto destaca a importância logística da ZPE. “A localização é fantástica. Permite criar uma área de livre circulação de produtos vindos do Peru e da Bolívia. Um dos pontos que mais precisa de investimento em nosso país é a logística, a infraestrutura. Por isso o apoio do Governo Federal será de fundamental importância. É isso que vamos buscar nas próximas semanas”, enfatizou Thomas.

O secretário Anderson Abreu demonstrou otimismo com as possibilidades de aproximação direta com a China. Informou que o governador Gladson Cameli recebeu do Ministério da Economia “sinal verde” para prosseguir com medidas para a venda da ZPE em 13 de janeiro. Entre os produtos cujas exportações podem se beneficiar da ZPE estão as carnes, a Indústria de Peixes da Amazônia e a madeira.

O procurador-geral João Paulo Setti explica que o modelo criado a ZPE visa apenas a transformação dos produtos, por isso não atraiu investidores de peso ao Acre. “O governo do Acre precisa que alguém assuma a propriedade. Estamos em momento decisivo. O Governo Federal já sinalizou incentivos para que haja esse desenvolvimento na região por meio da ZPE. O Acre também abriu mão de boa parte dos impostos para facilitar as negociações. Temos tudo para dar certo”.

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