Tempo de leitura: 2 minutos
Outro assunto é a Zona de Exportação do Maranhão (ZEMA), que será instalada em São Luís, cujo projeto de sua autoria até agora não saiu do papel. Em que situação se encontra e quando a Zema deve ficar pronta?
A Zema já saiu do papel sim e se instalou, primeiramente, nos planos oficiais do Governo Federal. Mas é um projeto tão ambicioso que exige muitas alterações no ordenamento jurídico, por conta inclusive das exigências aduaneiras. Mas está caminhando para se tornar a primeira ZPE plena a se instalar no Brasil.
Quais são os benefícios reais para a economia do Maranhão com a Zema?
O primeiro e grande benefício é o de transformar completamente a dinâmica econômica do Estado do Maranhão. Pois a Zema, ao contrário dos grandes projetos de economia de enclave que existem hoje, permite irrigar para a cadeia produtiva os seus benefícios. Juntamente com a Base de Alcântara, o Maranhão, se tiver juízo e não ficar brigando por picuinhas políticas, poderá vir a ser um polo de alta tecnologia, assim como São José dos Campos se transformou com a indústria da Embraer.
O senhor tem dito que o Nordeste precisa ser emancipado e o ponto de partida são as ZPEs. Como se dará isso na região nordestina?
Como aconteceu na China comunista, que parece bem mais sensata que a nossa China capitalista do Maranhão. Ao invés de expulsar investimentos, a China estendeu tapetes vermelhos e deu segurança jurídica aos investidores do mundo inteiro. Ou seja, jogou na lata do lixo esse esquerdismo imbecilizado, que o próprio Lênin chamava de “lado mais ingênuo do comunismo”. Sem abrir mão de uma política industrial forte, se transformou em poucos anos em um uma potência econômica mundial, elevando as condições sociais de mais de 600 milhões de chineses, isto é, três Brasis.
Lá, foram criadas dezenas de ZPEs. Podemos ser uma “China democrática”. Recomendo assistir no Netflix o capítulo “Ascensão da China” no seriado HISTÓRIA: DIRETO AO ASSUNTO.
Os comentários foram encerrados, mas trackbacks e pingbacks estão abertos.