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A ZPE Ceará passa por mudanças na sua estrutura. Das quatro diretorias, devem ficar apenas a técnica e a comercial. Serão extintas as diretorias financeira e de tecnologia e informação. Mário Lima Júnior, presidente da empresa, deve permanecer no cargo.
Os investidores holandeses conseguiram colocar três representantes no CIPP e várias sugestões estão em análise. A próxima reunião do conselho da ZPE, marcada para o dia 11, deve homologar as mudanças.
Mais uma vez, vale ressaltar: a ZPE Ceará é a primeira e única em funcionamento no Brasil. Até o final de 2018, a instituição era considerada modelo para outros estados, com premiações consecutivas da publicação Foreign Direct Investment (FDI), do jornal inglês Financial Times.
O Estado também mantinha a autonomia da empresa sem objeções. Com a chegada de Roterdã, aumentou a pressão por resultados e rápidos.
Embora haja pressa na ZPE, a negociação com os holandeses, desde o início, gerou um efeito contrário. Um exemplo disso está no setor de granito: em 2016, 20 empresas assinaram com o governo um documento de intenção para instalação na área alfandegada.
Com a demora para o fechamento do acordo com o Porto de Roterdã, os contratos para a doação dos terrenos não foram feitos a fim de não atrapalhar as negociações. Como o tempo passou, o número de interessados reduziu, e uma nova sensibilização no setor terá de ser feita para a atração de parceiros.
A ideia de doação dos terrenos também está sendo questionada. Há uma diferença de visão de resultados: o objetivo dos investidores externos é desempenho financeiro; o do Estado, o desenvolvimento. Dentro desse contexto, a doação de espaços também está sendo repensada.
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