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Assim como ocorreu com a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), outros investimentos que chegam ao Ceará trazem consigo a expectativa de mais negócios em cadeia capazes de impulsionar a economia cearense. Ao contrário dos restaurantes e outros pequenos comércios, como ocorreu em Cumbuco, parcerias como a da alemã Fraport AG e da holandesa Porto de Roterdã alimentam a esperança de mais crescimento para o Estado.
Segundo Rômulo Alexandre Soares, presidente do Conselho de Relações Internacionais da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), bons negócios podem surgir a partir do aproveitamento do que o Estado já oferece em termos de matéria-prima. “Quem vier lá de fora vai tentar investir onde o Ceará tem vocação. Precisamos pensar se temos vocação para investir em certas áreas. Se nós não tivéssemos um vento bom, não teríamos investimentos em energia eólica, por exemplo”.
Ele acredita que o dever de casa vem sendo feito. A gestão do Aeroporto Internacional Pinto Martins pela Fraport AG, por exemplo, é essencial para que o Ceará se mantenha conectado a outras regiões do mundo e, assim, continue a ser visto por investidores estrangeiros. Para exemplificar a importância dessa conexão, ele lembra do impacto causado pelo voo Fortaleza-Lisboa, inaugurado pela TAP Air Portugal, que completou 21 anos.
“Não tenho dúvidas de que a nossa vantagem em relação ao turismo está associada a esses voos diários, que foram responsáveis pelas quase 1.000 empresas de capital português instaladas no Ceará. Isso pode ocorrer com cada um dos lugares que o Ceará pode se conectar? No caso português, deu certo. Em relação ao hub, as ligações aéreas podem ajudar a desenvolver nossas vantagens naquilo que somos competitivos”, avalia.
O Porto de Roterdã é outra novidade que abre possibilidades de negócios em diferentes frentes. Em parceria com a Companhia de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém S.A. (Cipp S. A.), a chegada da empresa holandesa abre caminho não só para novas linhas e cargas para o Porto do Pecém, mas também para novas indústrias que venham integrar a Zona de Processamento e Exportação (ZPE). A participação holandesa no complexo envolve investimento de 30% nas ações da CIPP S.A., no valor de R$ 323 milhões.
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