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O governador Wilson Witzel (PSC) anunciou nesta quinta-feira (14) que retomou o processo administrativo para a criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) na região do Porto do Açu, em São João da Barra. Witzel também se encontrou com o secretário nacional da Indústria e Comércio, Caio Megale, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin), Fábio Galvão, e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego e Renda, Lucas Tristão, para tratar do assunto.
— A ZPE é uma área que vai trazer mais empresas para produzir, beneficiar o produto agrícola que vem do Rio e dos estados vizinhos. Vai gerar negócio, emprego, renda e esse é o compromisso do nosso governo. A ZPE vai chegar até em Friburgo, assim como a instalação da estrada de ferro EF-118 (Rio-Vitória), tudo isso para melhorar a economia do Estado. Existe uma (ZPE) funcionando no Ceará. A segunda, e maior ainda, será aqui no Rio de Janeiro na região do Porto do Açu — afirmou Witzel.
Megale, por sua vez, disse que vai levar a demanda para Brasília e afirmou que o modelo de ZPE do Açu é o preferido pelo governo federal. “O prazo de extensão do processo dá 270 dias, vamos levar esse pleito ao conselho. O governo federal acredita muito nesse modelo de ZPE, que é um modelo de ótimo desenvolvimento econômico. O Porto do Açu reúne as condições para que esse modelo tenha sucesso”, declarou.
No final do ano passado, já no apagar das luzes do último governo, o ex-presidente Michel Temer (MDB) esteve no Porto do Açu, onde assinou o decreto que cria o distrito industrial na região. A área proposta é de 182,2 hectares e, inicialmente, a previsão é de que a zona funcione com uma empresa âncora, a Rochas do Açu Ltda., destinada ao beneficiamento e comércio internacional de rochas ornamentais.
No dia 11 de janeiro quem esteve no Açu foi Lucas Tristão, na primeira visita oficial de um secretário do alto escalão do governo Witzel ao interior fluminense. Tristão conheceu a maquete do empreendimento e afirmou: “Os maiores desafios do Porto do Açu, hoje, são os acessos pelas malhas rodoviária e ferroviária”.
— Acho que o Porto do Açu tem um grande potencial, principalmente pela sua abertura marítima. Gostei muito do que eu vi, principalmente da BPort (terminal), da GNA (responsável pela construção de duas usinas termelétricas no Açu) também. Os projetos da GNA vão ser um grande indutor de atração das indústrias, atração das empresas, não só para óleo e gás. A ideia é diversificar o segmento para que o Estado do Rio de Janeiro fique menos refém da indústria de óleo e gás. A gente já viu essa fórmula no ano passado e não deu certo. Então, a ideia aqui é diversificar os investimentos — afirmou o secretário.
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