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“O complexo está pronto para receber qualquer tipo de indústria”. A afirmação é do presidente da Cearáportos, Danilo Serpa, e retrata a expectativa gerada com a nova parceria portuária entre os portos do Pecém e de Roterdã, na Holanda.
Montadora, refinaria, indústria de laminação, segmento metalmecânico, beneficiamento de granito. Segmentos que deverão estar na mira das conquistas econômicas do Estado a partir da iniciativa. “Pode ser todo e qualquer tipo de empresa que precise de um ponto para chegar matéria- prima, beneficiar e exportar sua carga”, complementou Danilo. Ele destacou que o Complexo Industrial do Porto, hoje, tem uma poligonal de 13 mil hectares. “Tem área para todo tipo de indústria”.
Novos investimentos trarão também mudanças. O presidente da Associação de Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecip), Ricardo Parente, destacou transformações na gestão administrativa e na produtividade operacional. “Ainda não temos como mensurar, mas vai ter um ganho de produtividade. As portas estarão abertas para parcerias com empresas do mundo inteiro”, ressaltou.
No quesito tecnologia, uma das mudanças citadas pelo presidente da Aecip deverá ser executada na área de controle, com melhores contatos com os navios. “Roterdã é uma grife, que junto, com o Porto do Pecém, será um grande sucesso de desenvolvimento”, acrescentou Ricardo.
O presidente em exercício da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Alexandre Pereira, lembra que o Brasil apresenta uma crescente em volume de cargas, somando mais de um milhão de toneladas em 2017. “Um aumento de 8,3% em relação ao ano anterior. O Porto do Pecém é muito próximo do Canal do Panamá e, devido ao seu calado (profundidade das águas do porto) pode receber grandes navios. Isso deverá colocar o Ceará num ranking da área portuária”, avaliou.
O empresário destacou ainda os anos que antecederam a parceria firmada ontem. Conforme ele, a inauguração da Zona de Processamento de Importação (ZPE) e a implantação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) foram significativas e serão complementadas pela profissionalização que o hub provocará. “Somos o primeiro estado a alfandegar uma ZPE, com investimento da CSP. Conseguimos que o Porto tivesse uma realidade de importação e exportação, mas precisávamos da profissionalização”. A negociação para que o hub acontecesse está sendo planejada desde 2015.
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