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A Marcopolo conquistou no primeiro trimestre deste ano o seu melhor desempenho operacional para o período desde 2013. Sua receita líquida consolidada atingiu R$ 764,8 milhões, com alta de 37,9% sobre os R$ 554,6 milhões faturados nos primeiros três meses do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 30,9 milhões, ante valor de R$ 3,2 milhões há um ano.
O crescimento do faturamento reflete tanto a melhoria do mercado interno como das exportações, que apresentaram elevações de, respectivamente, 122,7% e 39,6% em valores. A receita no mercado interno alcançou R$ 333,6 milhões, ou 43,6% do total, e as exportações e os negócios no exterior totalizaram R$ 431,2 milhões, respondendo pelos demais 56,4%.
“Os resultados obtidos no trimestre reforçam a expectativa de recuperação consistente do mercado brasileiro de ônibus para este ano, com o volume de produção crescente em todos os segmentos”, comentou o diretor-geral da Marcopolo, Francisco Gomes Neto. “Ampliamos em 76,7% a produção nas fábricas brasileiras em relação ao ano anterior, mais do que o crescimento registrado pelo mercado nacional, que foi de 59,4%”.
A Marcopolo também ampliou a participação na produção brasileira de carrocerias de 46,8% para 53,7%. “Crescemos 25,8 pontos porcentuais no segmento de urbanos, com aumento de volumes direcionados tanto ao mercado brasileiro quanto à exportação”, destacou o executivo.
As receitas da Marcopolo nos segmentos de rodoviários e urbanos cresceram do mercado interno cresceram, respectivamente, 294,3% e 123,1% no mesmo comparativo. No primeiro caso, o aquecimento decorre principalmente da venda de veículos para fretamento e linhas interestaduais.
No mercado de urbanos, o destaque é a recuperação expressiva de volumes, com crescimento de 101,9% na produção brasileira. A Marcopolo conquistou a liderança nesse segmento, com 51% de participação. A performance decorre do maior volume de unidades produzidas para exportação e da maior renovação de frota no mercado interno.
A companhia informa ainda que iniciou a produção de parte das 4.400 unidades do programa Caminho da Escola, o que deverá afetar positivamente os segmentos de micros e urbanos nos próximos meses. A demanda oriunda das licitações, somada a atual carteira de pedidos, indica um ano positivo para o segmento e deve contribuir para uma maior ocupação da capacidade fabril.
“Para atender ao crescimento previsto de demanda, estamos preparando a planta de São Mateus, voltada inicialmente à produção de veículos Volare, para a fabricação de outros modelos, dando sequência ao projeto de otimização de nossas fábricas”, informou Francisco Gomes Neto.
Em relação às operações no exterior, o destaque foi o crescimento de 11% em unidades produzidas na Austrália, resultando numa receita 16,5% maior e que deverá se acentuar ao longo do atual trimestre. Quanto às demais unidades, embora tenham reportado produção e receita inferior ao primeiro trimestre de 2017, a expectativa para o restante do ano é de recuperação de volumes e receita. Na China, com a obtenção, em março último, de autorização para operar em ZPE (Zona de Processamento de Exportações), a Marcopolo passou a produzir ônibus para o mercado de exportação também naquela unidade.
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