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O governador Camilo Santana recebeu, nesta sexta-feira (6), no Palácio da Abolição, o embaixador do Japão no Brasil, Akira Yamada, ao lado do presidente do Senado, Eunício Oliveira. Acompanhado de empresários japoneses ligados à Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, a comitiva participou do seminário “ZPE Ceará e as Oportunidades de Investimentos no Estado”, uma estratégia do Governo do Ceará de divulgar a Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará) nacional e internacionalmente, em parceria com a presidência do Senado Federal.
Aos empresários japoneses e participantes do seminário, o governador Camilo Santana destacou os investimentos do Estado em áreas como segurança, educação, infraestrutura, entre outros. “Somos o Estado que mais investiu no país em 2017, 13,9% da nossa receita líquida foi voltada para esses investimentos”, disse.
Destacou ainda que o Estado vem buscando apresentar seu potencial para construir relações internacionais e o Japão, com toda a sua antiga relação com o Brasil, é um parceiro importante para o Ceará.
“Espero que o encontro de hoje possa possibilitar grandes parcerias com o Ceará. E o nosso objetivo é transformar o Porto do Pecém em um grande centro de conexões de cargas marítimas”, disse, citando um dos principais vetores econômicos do Estado.
O presidente do Senado Federal, senador Eunício Oliveira, destacou aos empresários japoneses que eles estavam diante do Estado brasileiro com maior equilíbrio fiscal; que cresceu economicamente duas vezes mais que o Brasil e com os melhores índices de educação. “Em 2018 se completam 100 anos da imigração japonesa no Brasil. A Zona de Processamento de Exportação, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, é a única funcionando no Brasil e surge como excelente oportunidade de negócios. Se nossos povos se integraram de maneira tão fantástica, nossos governos e empresários devem seguir o mesmo caminho”, disse.
O embaixador do Japão, Akira Yamada, disse que estava duplamente feliz e satisfeito em conhecer as potencialidades econômicas e naturais no Ceará e de participar deste seminário. “Compartilho este sentimento com os representantes da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil. Temos expectativa de que podemos concretizar grandes negócios”, disse.
Educação e Desenvolvimento Econômico
A vice-governadora Izolda Cela, apresentou o desempenho da educação cearense como um fator de desenvolvimento econômico e como uma política sustentável e de resultados ao longo dos anos. “Temos evidências de uma política que vem se consolidando ao longo das últimas décadas. É uma política de continuidade e transformadora”, disse. O Ceará possui uma rede com 716 escolas estaduais, atendendo 450 mil estudantes, sendo 189 delas em tempo integral e 119 escolas profissionalizantes.
Izolda Cela destacou os resultados de programas como o Programa Alfabetização na Idade Certa (PAIC) e também o investimento do Governo do Ceará na educação por meio de programas como o Avance, que concede bolsas a estudantes universitários; além da concessão de mais de R$ 2 bilhões nos últimos 10 anos para pesquisas e desenvolvimento tecnológico por meio da Funcap.
“Entre as 100 melhores escolas públicas do país, as 24 primeiras são do Ceará. Ao todo, 77 escolas são da rede pública do Ceará”, disse.
Já os fatores de crescimento econômico do Ceará foram apresentados pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará, Cesar Ribeiro. Os destaques foram os investimentos em infraestrutura logística que vêm sendo viabilizados no Estado com o programa Ceará de Ponta a Ponta, que já tem mais de 1.600 km de obras de novas estradas; a Trinca de Hubs, com a consolidação de projetos do hub aéreo da Air France/KLM/Gol no aeroporto de Fortaleza; o hub marítimo do Porto do Pecém; e o hub de telecomunicações da Angola Cables, que coloca o Ceará como centro de distribuição de cabos de dados entre os continentes africano, sul-americano e norte-americano. “O Ceará é um dos estados com maior potencial para receber investimentos no País. Além disso, por outro lado, o Japão também é um mercado alvo para os cearenses, uma vez que o quinto maior importador do mundo”, disse.
Porque investir na ZPE Ceará
Já a ZPE foi apresentada pelo assessor Especial de Assuntos Internacionais do Governo do Ceará, Antonio Balhmann, e pelo diretor-presidente da instituição, Mário Lima. De acordo com Balhmann, a ZPE Ceará é um distrito industrial incentivado, no qual indústrias nele localizadas operam com benefícios tributários cambiais e administrativos. Ele destacou a importância da presença do grupo de japoneses conferindo in loco as vantagens da ZPE.
Incorporada ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP S.A), a ZPE Ceará é a única free zone brasileira em operação. O diretor-presidente da ZPE-CE, Mário Lima, mostrou a infraestrutura da ZPE, que conta atualmente com uma área total de 6.182 hectares, sendo 4.271 ha no Setor I (formado pelo setor siderúrgico) e 1.911 ha no Setor II, área incorporada à estatal, em 2016, para expansão de sua poligonal.
Atualmente, segundo ele, quatro empresas operam na ZPE Ceará — a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP); Vale Pecém; White Martins; e Phoenix do Pecém. Novas empresas do setor de granitos devem começar a operar na setor II.
A Zona de Processamento de Exportação do Ceará é um modelo para a implantação de novas ZPEs no Brasil e no Mundo. Neste sábado (7), a comitiva nipônica realiza visita técnica ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), incluindo equipamentos como ZPE Ceará, Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Instituto Federal do Ceará (IFCE) e Porto do Pecém.
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