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O ano de 2018 começou com boas notícias no que tange a geração de emprego no setor calçadista do Ceará. O Estado, que é o segundo maior exportador de calçados do País, tendo exportado U$ 25,6 milhões em janeiro deste ano, prepara-se para a chegada de novas empresas do setor de calçados, como explicou, em entrevista à edição desta segunda-feira, 12, do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 103.4 – Expresso Grande Fortaleza + 24 emissoras no Interior) o secretário de Assuntos Internacionais do Estado, Antônio Balhmann.
Com isso, a expectativa é que a contratação de novos trabalhadores seja aquecida, não apenas na produção de calçados, mas também em outros setores, principalmente, devido a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), localizada no Complexo Portuário do Pecém. De acordo com o secretário, indústrias calçadistas que, há alguns anos, instalaram suas fábricas fora do Brasil, em países como Honduras, Nicarágua, China e Índia, devem começar a retornar ao seu País de origem, mais precisamente para a ZPE.
O titular da Pasta de Assuntos Internacionais do Estado disse que as empresas “já estão sensibilizadas e avaliando a questão”. Ele pontua que a mudança não é “uma coisa rápida”, visto que as fábricas têm compromissos contratuais no países em que estão instaladas. Por isso, para Balhmann, “essas mudanças devem começar a ocorrer a partir do próximo ano”.
A ZPE é uma área de livre comércio com o exterior, destinada à instalação de empresas com produção voltada à exportação, que oferece logística e infraestrutura de primeira linha, além de menor tributação de impostos. Segundo Balhmann, o Governo do Ceará tem conversado com as fábricas do ramo de calçados para que elas voltem ao Estado. Assim, “O Ceará vai, sem dúvida, se transformar no maior exportador calçadista do País”, ressalta o secretário.
Com a vinda dessas indústrias para o Ceará, o secretário de Assuntos Internacionais destaca que o Brasil, certamente, irá ultrapassar a casa dos U$ 2 bilhões de exportações de calçados, número nunca antes alcançado na história.
A chegada das fábricas ao Pecém também vai impactar o Interior do Ceará de forma positiva, aumentando a geração de empregos nas indústrias de calçados em várias cidades cearenses, como Juazeiro do Norte, Crato, Sobral, Brejo Santo, Pacajus e Horizonte.
De acordo com a Secretaria de Assuntos Internacionais, o setor de calçados é o que mais gera empregos no Ceará – cerca de 60 mil empregos diretos. Com a instalação das indústrias na ZPE, as unidades do Interior serão ampliadas para produzir os componentes para as unidades maiores, que ficaram na Zona de Processamento de Exportação.
A estratégia de interiorizar as indústrias de calçados do Estado, lembra Balhmann, vem desde a gestão do ex-governador Cid Gomes, hoje no PDT. “Essa estratégia se mostrou extremamente importuna e eficaz porque passou a gerar empregos onde não havia empregos. Hoje, praticamente todas as regiões (do Estado) têm indústrias de calçados”, pondera.
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