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Os países do Oriente deverão ser os principais parceiros do Ceará nos próximos anos, se toda a articulação planejada pelo governo cearense se fizer realidade. Após os coreanos e os chineses, o secretário de Assuntos Internacionais do governo, Antonio Balhmann, revelou que deve empregar esforços em captar investidores japoneses, e o principal atrativo é a Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
“Sexta-feira, 23, vamos apresentar a ZPE para câmara de comércio do Brasil-Japão, em São Paulo. Vai ser um almoço, e depois vamos acertar uma visita formal ao Ceará, com setores definidos”, afirmou Balhmann, acrescentando que o Estado já conta com “operações concluídas com o coreanos, no caso da Siderúrgica; o mais recente com os chineses, no caso do pólo petroquímico; e o interesse no investimento de japoneses no Ceará é muito grande”.
A captação da empresa japonesa YKK para o Distrito Industrial, em Maracanaú, ainda foi lembrada pelo secretário, que articulou a operação na década de 1990. Até hoje em operação, a unidade de fabricação de zíperes foi dada como bom exemplo de atração, que pode sinalizar aos compatriotas do Japão o compromisso do governo cearense em apoiar investimentos.
Apresentado ontem à Comissão de Alfandegamento da 3ª Região da Receita Federal que veio ao Ceará, o projeto de ampliação da ZPE foi bem recebido, segundo Balhmann. “Foi uma visita muito importante porque foi a primeira vez que foi apresentado o projeto”, contou, acrescentando que os profissionais da Receita recomendaram algumas modificações no que diz respeito às áreas de organização estrutural das cargas de importação e exportação.
A área de cargas perigosas e a dimensão do estacionamento de caminhões também receberam dicas dos especialistas, os quais, segundo ressaltou Balhmann, formavam “o time que mais entendem ZPE do Brasil”. Ainda participaram da reunião o presidente da ZPE Ceará, Mário Lima Júnior, a Diretoria Executiva da ZPE e a inspetoria da Receita no Porto do Pecém.
O projeto de ampliação da ZPE traz, na primeira etapa, uma capacidade operacional para 50 indústrias e a capacidade da área de Despacho Aduaneiro para 5.000 contêineres por mês, num regime operacional de 24 horas. Balhmann ainda informou que, das 50 indústrias, já existem 20 empresas do setor de granito com protocolos de intenção assinados com o governo, que devem se beneficiar com a expansão. O investimento desse segmento é de R$ 600 milhões e a geração de 3 mil empregos formais diretos.
Enquanto a área ainda está sendo cercada, Balhmann conta que os trabalhos para a aprovação do projeto devem correr em paralelo e, se todas as fases forem cumpridas sem problemas, a nova área de 150 hectares deve ser alfandegada pela Receita Federal até o fim deste ano.
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