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Embora não faltem pregoeiros da desgraça, não se pode dizer que 2017 tenha sido um ano perdido. É verdade que o Congresso não votou a reforma da Previdência, o que só empurrou o rombo em seu caixa para as próximas gerações, e as contas públicas continuam em completa desorganização, mas nem tudo foi negativo no País.
Na área de comércio exterior, por exemplo, o porto de Santos, responsável por 27% da movimentação de cargas no setor, registrou um recorde, chegando perto da marca de 130 milhões de toneladas. É de se ressaltar que já em novembro o resultado total de cargas movimentadas no porto santista havia sido pouco superior ao recorde anterior batido em 2015: 119,95 milhões contra 119,93 milhões de toneladas. Soja, adubo e óleo diesel e gasóleo foram os produtos que apresentaram maior movimentação no período (exportação/importação).
Na movimentação de contêineres, houve em 2017 um crescimento de 8% em relação a 2016. Foram 3,5 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés, de 6,09 metros) contra 3,2 milhões de TEUs em 2016, o melhor resultado do porto de Santos no segmento até então.
Esses números mostram que o porto de Santos continuará ainda por muitos anos a ser o principal complexo marítimo do País, apesar das dificuldades que o seu baixo calado oferece para receber navios com capacidade superior a 10.500 TEUs. É possível que a longo prazo o complexo portuário do Açu, em São João da Barra-RJ, cuja Zona de Processamento de Exportação (ZPE) acaba de ser criada, ou o de Sepetiba-RJ, possa desbancá-lo, devido também à proximidade aos grandes mercados consumidores e a possibilidade de receber megacargueiros, mas por enquanto essa é uma possibilidade remota.
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