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A ampliação em 150 hectares da área da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará deve ficar pronta entre outubro e novembro deste ano, segundo previsão revelada pelo presidente da ZPE do Ceará, Mário Lima Júnior. As obras necessárias para dotar o terreno de infraestrutura para abrigar também a refinaria pretendida pelo Estado incluem tanto obras físicas quanto o processo de aduana, que passa pelo crivo da Receita Federal.
“A refinaria, se ela vier, vai se instalar no setor II, onde estamos estruturando uma área de despacho aduaneiro e uma de despacho industrial. Com refinaria chegando, vamos ter a área de despacho aduaneiro pronta, o que deve dar mais rapidez, ao contrário do que aconteceu com o processo siderúrgico, que a estrutura foi construída junto com a siderúrgica. A nossa previsão é que esteja pronto entre outubro e novembro desse ano e estamos ajustados a qualquer projeto de refinaria que venha”, afirmou o presidente da ZPE.
Para tal, são previstos R$ 35 milhões em investimento, o que devem ser amortizados nos próximos anos sem tanta dificuldade, conforme avaliação do executivo. “A ZPE tem uma perspectiva de receita futura muito boa. A expectativa é de receita a ser gerada com a nova área de expansão”, afirmou, acrescentando que a engenharia financeira para comportar os investimentos está sendo concluída e os números do último ano de operação da Zona também.
As próximas etapas, segundo ele, são os lançamentos de editais para as obras, que antecedem o processo para receber o ato declaratório de alfandegamento, necessário para toda e qualquer ZPE em operação.
Sobre a captação de novos parceiros para a área, Mário Lima Júnior diz que “o panorama é muito bom, pois a experiência da Siderúrgica mostrou resultados positivos”. “As empresas da ZPE alcançam resultados internacionais, que as demais indústrias brasileiras têm dificuldade de acessar”, compara.
Primeira em funcionamento no País, a ZPE do Ceará tem sido pioneira em diversos procedimentos operacionais necessários para o desenvolvimento dos trabalhos, segundo ressaltou Mário Lima Júnior. Alguns deles, como o sistema informatizado aduaneiro, foi desenvolvido pelo pessoal que conduz a ZPE do Ceará e deve ser compartilhado com as demais Zonas brasileiras.
Outro ponto desenvolvido e que deve ser fortalecido, segundo Mário Lima Júnior, é a participação de municípios do Interior cearense no fornecimento de insumos para as indústrias instaladas na ZPE. As cidades movimentaram 1 milhão em cargas e aqueceram até o mercado de venda de caminhões no Estado.
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