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O governador Camilo Santana disse, ontem, durante o programa que transmite semanalmente pelo Facebook, que a Petrobras deu um “calote” no Ceará quando desistiu de implantar a refinaria Premium II no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). “Eu diria que a Petrobras deu um calote no Ceará. Nós demos o terreno”, disse o governador. “Agora, nós estamos buscando parcerias privadas, como foi com a siderúrgica (CSP), com uma empresa chinesa do ramo petroquímico”.
A empresa chinesa Qingdao Xinyutian Chemical já foi registrada na Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará), no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), onde deve se instalar caso o investimento se concretize. Até o início de dezembro, Camilo Santana irá à China para apresentar os projetos de uma planta de refino de petróleo e de uma petroquímica para o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), que deverá financiar os projetos orçados em US$ 4,5 bilhões e US$ 3 bilhões, respectivamente.
“Eles já abriram a firma aqui no Ceará e estamos fechando o financiamento com o banco de desenvolvimento chinês”, disse o governador. “O Estado vai entrar com toda a infraestrutura para eles se instalarem aqui no Ceará e acredito que, em breve, teremos mais notícias. O banco aprovando esse financiamento, vamos ter essa refinaria aqui”.
O empreendimento chinês deverá ocupar parte da área inicialmente reservada para a refinaria da Petrobras.
Segundo o secretário de Assuntos Internacionais do Estado, Antônio Bahlmann, o governo do Estado confirmou ao CDB uma participação de 10% na composição societária da refinaria. A ideia é de participar do novo projeto com a oferta da área e da infraestrutura. A área reservada pela Petrobras correspondia a 2 mil hectares. Segundo o secretário, no entanto, a desistência da estatal acabou possibilitando a ampliação da ZPE Ceará, na qual os empreendimentos chineses deverão ocupar 600 hectares. O restante será destinado a setores diversos como o de granito e de autopeças, por exemplo.
No fim do ano passado, o Tribunal de Contas do Ceará (TCE) determinou o ressarcimento de R$ 123,5 milhões, pela Petrobras, aos cofres públicos do Estado, valor final calculado e não atualizado. A decisão diz respeito aos despendidos pelo Estado para a implantação da refinaria Premium II, que acabou sendo cancelada pela Petrobras.
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